terça-feira, 14 de agosto de 2007

CARTAS DE AMOR

“todas as cartas de amor são ridículas. não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, ridículas”(fernando pessoa / álvaro de campos)

é. eu também, em meu tempo, escrevi cartas de amor. e por ser o meu tempo, além do passado, o tempo presente, também escrevo e-mails, scraps, blogs, torpedos e post-its.
e todos foram e são ridículos. e são também verdadeiros, mesmo que pela verdade de um instante.


o tempo é tão subjetivo.

em uma fração de horas um amor pode nascer, crescer, amadurecer e morrer.
ou levar anos para germinar. nunca se sabe.

o que sei é que não só escrevi, como continuarei a escrever cartas de amor, das mais ridículas possíveis, isso será sempre um sinal de que meu coração pulsa, acelera e vive cada emoção e se entrega e chora e ri. aos que já receberam de minhas cartas, foram todas verdadeiras, em seu tempo, e ridículas também.

“mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são
ridículas.” (fernando pessoa / álvaro de campos)

2 comentários:

Unknown disse...

Eu amei!!! Afinal eu quero ser eternamente "ridícula"...rsrs

Anônimo disse...

Ei amiga, eu também sou RIDÍCUUULA. E o que seria do mundo sem os que insistem em Amar, sendo ou não ridículos. Ps. Maria Betânia canta uma música com esse trecho e é fantástico.