“...nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro" (clarice lispector)
na incessante, injusta e sem-sentido busca pela perfeição,
vasculhamos nosso território para varrer deles os nossos defeitos.
seria tarefa fácil, se fácil fosse discernir em nós o que é defeito e o que não é.
quando perseverança se torna teimosia?
quando franqueza se torna grosseria?
quando o que vemos no espelho não é o que refletimos para os outros?
e descobrindo os defeitos, de quais deles devemos nos livrar?
e o que é mesmo defeito?
seja lá o que for, é parte constitutiva de todos nós.
é parte do todo que somos.
uma ode aos defeitos?
não.
talvez uma pausa pra pensar.
outra pra escrever e quem sabe,
mais uma pra mudar.
ou continuar.
