quinta-feira, 23 de agosto de 2007

OS SETE PECADOS

“aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire a pedra contra ela” (jo 8:7)

antes de me condenarem pelo título, aviso: sou noveleira sim, e daí?

e aí descubro que já comecei cometendo o pecado da ira, sendo tipicamente eu: uma menina malcriada.

e me pego também morrendo de fome, afinal, enquanto escrevo o relógio já marca 12h51. penso no almoço, e mais ainda, em uma possível sobremesa e lembro que tô precisando perder pelo menos um quilo e meio.
só em um parágrafo acumulei dois pecados: a gula e a vaidade.

já são 3 ao longo do texto.

e claro que um texto puxa outro, e puxa pela memória e as lembranças vêm à tona e cá estou eu pensando em luxúria e quanto eu gostaria de viajar, mas preciso economizar pra ter meu carro porque estou cansada de andar de ônibus. e aqui se vê uma pitada (talvez) de avareza e preguiça.

só falta mais um e eu completo os 7 pecados capitais em um só texto.

que inveja dos puros!
pronto, completei.

e agora?
agora com a cara mais lavada do mundo, olho pra cima, peço perdão e fico com um sorriso no rosto. porque sei que o perdão virá. o Pai do Céu é mais complacente que todo mundo, compreensivo e conhece meu espírito mais que eu mesma. sabe que entre meus maiores pedidos está o de merecer todas as graças que derrama sobre mim.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

CARTAS DE AMOR

“todas as cartas de amor são ridículas. não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. também escrevi em meu tempo cartas de amor, como as outras, ridículas”(fernando pessoa / álvaro de campos)

é. eu também, em meu tempo, escrevi cartas de amor. e por ser o meu tempo, além do passado, o tempo presente, também escrevo e-mails, scraps, blogs, torpedos e post-its.
e todos foram e são ridículos. e são também verdadeiros, mesmo que pela verdade de um instante.


o tempo é tão subjetivo.

em uma fração de horas um amor pode nascer, crescer, amadurecer e morrer.
ou levar anos para germinar. nunca se sabe.

o que sei é que não só escrevi, como continuarei a escrever cartas de amor, das mais ridículas possíveis, isso será sempre um sinal de que meu coração pulsa, acelera e vive cada emoção e se entrega e chora e ri. aos que já receberam de minhas cartas, foram todas verdadeiras, em seu tempo, e ridículas também.

“mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são
ridículas.” (fernando pessoa / álvaro de campos)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

ANJO MARAVILHA

“um anjo do céu que trouxe pra mim...” (natiruts)

minha mãe sempre me manda dormir com os anjos, diz que assim, o sono é melhor e que estarei mais protegida à noite.

não sabe ela, que dia desses, em um lugar que se pode chamar de maravilhoso, eu esbarrei em um.

cheguei a fazer um certo contato, um contato bem próximo eu diria. contato esse que ia aumentando conforme o ritmo da música que tocava ao fundo e a vontade de contactar cada vez mais.

por umas poucas frações de segundo eu bem que pensei em seguir os conselhos da minha mãe e realmente dormir com “os anjos” naquela noite, mas aí lembrei de outros conselhos que iam de encontro a esse e achei por bem só dar uns leves cochilos...

Se eu dormi bem e mais protegida aquela noite? Não sei ao certo, fui invadida por sonhos e lembranças e a vontade de acontecer logo um próximo esbarrão, e aí sim, esquecer os outros conselhos e ficar só com esse:
durma com os anjos minha filha.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O HOMEM DA MINHA VIDA

"a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida" (vinicius de moraes)

não sei como ele é.
não sei se ele já passou por mim.
se está ao meu lado sem que eu perceba,
ou se entrou numa esquina errada e se perdeu pelo caminho

aliás, o que é mesmo o homem da vida de alguém?
aquele que dá friozinho na barriga
ou o que transmite segurança?
ou será ainda aquele que a gente gruda feito chiclete?

hum...talvez seja aquele que a gente admire ou o que a gente ache perfeito pra ser o pai dos nossos filhos.

quem sabe é aquele que nos faz rir, ou o que percebe nossas emoções mesmo que a gente as esconda.
ou será aquele que vê charme nas nossas estrias, nem repara nos furinhos do bumbum e das coxas, e adora nossa barriguinha saliente pra deitar a cabeça?
ou então pode ser aquele que passa horas nos ouvindo falar porque admira nossa inteligência.

sei lá, acho que a gente sabe na hora que vê, né?
por isso é importante deixar os olhos bem abertos porque ele pode passar rápido e a gente nem perceber...e aí...bem, aí...fazer o que?

procurar um oculista urgente e também um cardiologista pra abrir seu coração e deixar o amor entrar!