segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CADÊ?


“vês! ninguém assistiu ao formidávelenterro de tua última quimera”.(augusto dos anjos)

quantas vezes não procuramos por alguém e não encontramos?

aquela mão amiga que vai se estender junto à sua para ajudar na caminhada.
aquela voz que vai somar-se à sua para um protesto ou para uma simples opinião.
aquele olhar de cumplicidade que espera pela vez de se fazer aparecer.

quantas vezes?

algumas, várias, mas nunca nenhuma...

as mãos às vezes se escondem, seja pelo medo do frio ou do calor do fogo;
as vozes se calam, emudecem pelo receio ou excesso de prudência;
os olhares se perdem talvez porque mudem de direção.

acontece, é da natureza humana.
não nos cabe julgar.