terça-feira, 24 de abril de 2007

AMIZADE

"e eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!" (vinícius de morais)


até chegar aqui, escrevi e apaguei, comecei e não terminei, salvei e reescrevi.
descobri que amizade não é algo fácil de se descrever, definir ou conceituar.
percebi que amizade tem muitos rostos, muitos gestos, muitas semelhanças e também muitas diferenças.
me dei conta que amigos não são tesouros, porque tesouros despertam cobiça, inveja e maus atos e amizade só faz bem.
constatei que amigos não se guardam só do lado esquerdo do peito, amigos se guardam na alma.
atestei que amigos não precisam ser iguais a gente, pois a harmonia se dá no respeito, na compreensão, na tolerância e não só nas afinidades.
senti que o amigo não é aquele que diz o que você quer ouvir, ele diz o que acha certo dizer, mesmo que isso provoque dor ou desconforto.
me liguei que amizade não é se ligar todo dia, é estar ligado para falar quando for preciso.
concluí que por mais que se tente, amizade é algo tão grande, tão complexo, tão transcendente e metafísico (e também tão simples) que ganha mais quem vive a amizade do que quem tenta explicá-la.
então amigos, vamos viver tudo que há pra viver: descobrindo, percebendo, se dando conta, constatando, atestando, sentindo, se ligando e concluindo que somos abençoados por Deus e amigos por natureza.

terça-feira, 10 de abril de 2007

EX-COLHA

“não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo” (cecília meireles).

dia e noite, noite e dia estamos sempre fazendo escolhas.
das mais banais, como comer ou não sobremesa, às mais importantes, como casar ou comprar uma bicicleta.
não importa, precisamos sempre escolher.

e essa não é uma tarefa fácil.
toda escolha implica entre ficar com isto e abrir mão daquilo e a gente tem uma mania de querer ficar com tudo, né? mas tudo não pode, tem que escolher.

escolher entre seguir objetivos do outro lado do mundo ou largar tudo por um grande amor. ir à praia tomar caldinho com os amigos ou ler pela milésima vez aquele livro-difícil-pra-caramba-porém-essencial.

e assim a gente segue, entre istos ou aquilos.

e assim eu sigo, desejando escolher direito, mesmo sem saber direito o que isso significa.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

DECEPÇÃO

“did i disappoint you or leave a bad taste in your mouth?” (U2)

decepção.
sentimento triste que corta, fere, divide em dois ou mais pedacinhos o sentimento que a gente tem por alguém.
ou o que alguém tem por nós.

será que em algum momento dessa minha vida já decepcionei alguém?
provavelmente sim.
ah...com certeza sim.
até mesmo sem saber, sem sentir...e principalmente, sem querer.

a gente decepciona quando não retribui, a gente decepciona quando não se mostra do jeito que o outro pensava que seria, quando a expectativa é maior que a realização...a gente se decepciona quando é traído, preterido, esquecido.

são tantas e inúmeras as formas de decepcionar-se e decepcionar.

o pior da decepção é que ela atinge quem a gente estima e é quem a gente estima que nos atinge.
se não fosse assim, não tinha decepção.

àqueles, que por ventura eu tenha decepcionado e que por minha sorte possam ler essas minhas linhas, minhas desculpas.
e àqueles, que por descuido me decepcionaram...acontece, é a vida, vai passar.