E vem dos ditos populares muito do que se tem a refletir sobre o comportamento
humano.
Ouvi
esse “cada cão tem seu inferno” de um amigo e fiquei cá pensando: tá aí uma
verdade!
Cada
um de nós tem seu próprio inferno, aquela caixinha na memória ou na atualidade
onde estão as labaredas que nos queimam. São nossos medos, nossos traumas,
nossos amores, os não resolvidos, não vividos ou não esquecidos, nossas dores,
nossas amarguras, tudo que nos incomoda feito encosto.
É
aquilo que nos tira o sono vez por outra, que coloca a terceira condicional a
invadir nossos pensamentos “como teria sido se...”, as dúvidas que nos corroem,
as palavras que não temos coragem de proferir, as atitudes que não tomamos, a
tal zona de conforto que nos aprisiona.
Que
inferno renunciar as mudanças necessárias, as oportunidades apresentadas, o
novo que nos estende a mão; ter ficado quando se deveria ter ido, ou ter ido
quando se deveria ter ficado e lutado e tentado.
Que
inferno quem só se ver cão e se esquece de que parte de cada um é também anjo e
como tal, também tem sua parte no céu.
Porque
céu, cada um também tem o seu.
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