"escolhe teu diálogo e
tua melhor palavra ou teu melhor silêncio. mesmo no silêncio e com silêncio
dialogamos." (carlos drummond de andrade)
muitas vezes as palavras são desnecessárias.
atitudes, gestos, expressões, falam por si só, criam
diálogos mudos.
e no silêncio as coisas são ditas, o sentido é claro e tudo
fica entendido.
outras vezes, contudo o silêncio não fala, confunde.
o silêncio é não uma forma de diálogo, mas o fato de não
saber dialogar. ou não querê-lo por não saber o que dizer.
esse silêncio embaralha. gera mais silêncio ou palavras vãs,
perdidas, por vezes injustas.
em um mundo de imaginações infinitas e caminhos diversos de
sentido, faz mais sentido e urgente um dito, ou um não dito que fale, grite.
um silêncio mudo gera surdez.
gera mais silêncio.
e pelo que não foi dito se perde, pelo que tinha a ser dito,
o que se teria por viver.
Um comentário:
Amiga, lindo. Muito lindo. Mas o não dito pode ser uma barreira tão grande e não ultrapassada quanto o silêncio confuso. Ambos são zona nublada, desconhecidas e pouco exploradas. Por isso mesmo passíveis de inúmeros questionamentos. Solução? O dito. Bjs
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