quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A POESIA DA SEMENTE

no centro da terra ela jazia.
sem a luz do sol, tudo era escuro e sem vida.
alimentava-se de sonhos, esses sobrevivem até nos lugares mais inóspitos.
tinha esperança de que um dia germinaria.
sairia do estado de semente. seria planta, flor, vida.
faria a fotossíntese, respiraria o próprio ar e o gerado pela vida lá fora.
quem sabe, daria frutos e seu perfume poderia ser sentido pelos mais sensíveis e até mesmo
pelos brutos.
sonhos. traziam brilho pro escuro onde vivia.

um dia a terra tremeu.
o que poderia ser uma catástrofe foi a salvação.
a terra se abriu, a luz do sol entrou e a magia aconteceu.
aos poucos, a semente do escuro se tornou a flor do dia.
e todos os dias a flor saúda o sol,

sente a terra e distribui pólen para que outras sementes sejam flores, plantas, vida.

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